Foto 01: Jader Souza/SupCom-ALE-RR
Legenda: Grupo Terapêutico Flor de Lótus atende 15 mulheres
Mulheres atendidas por grupo terapêutico da ALE-RR agradecem
iniciativa: ‘A cada encontro, fico encantada’
Secretaria Especial da Mulher, do Poder Legislativo, criou
grupo de suporte emocional para vítimas de violência doméstica e familiar
“Tivemos uma manhã maravilhosa, com
uma visão diferenciada de quem somos e como somos. Muito bom entender o rico
conteúdo que há em cada uma de nós. A cada encontro, fico mais encantada com os
novos aprendizados. Os profissionais foram enviados do céu para nos acolher.
Não dá para perder nenhum encontro.”
O depoimento que abre esta
reportagem é de uma mulher - que não será identificada para proteção dela -
atendida pelo Grupo Terapêutico Flor de Lótus, criado pela Secretaria Especial
da Mulher da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR). Hoje, os encontros
contam com a participação de 15 mulheres, vítimas de violência doméstica e
familiar.
Essa nova ferramenta soma-se às
outras iniciativas do Poder Legislativo de ajuda, suporte e acolhimento às
vítimas das mais diversas violências. Entre elas, está o Centro Humanitário de
Apoio à Mulher (Chame), com serviços jurídicos, psicológicos e de assistência
social, que dispõe ainda do Zap Chame, para onde mulheres podem enviar pedido
de socorro pelo número (95) 98402-0502.
Foto 02: Jader Souza/SupCom-ALE-RR
Legenda: Diretora da
Secretaria Especial da Mulher, Glauci Gembro
“Quando pensamos nesse grupo, foi
porque entendemos que, nem sempre, a mulher quer ir à delegacia. Às vezes, ela
quer ser apenas ouvida. Então é uma forma de acolher essa mulher de uma maneira
diferenciada, com nossos profissionais capacitados. Por serem várias histórias,
umas dão suporte às outras e ajudam no processo de cura coletiva”, explica a
diretora da Secretaria Especial da Mulher, Glauci Gembro.
Processo de autoconhecimento
Foto 03: Jader Souza/SupCom-ALE-RR
Legenda: Mulheres
compartilham histórias e experiências de vida
O nome Flor de Lótus é uma
referência à planta aquática, comumente associada na Ásia à pureza e ao
renascimento. Apesar de nascer na lama, ela tem a capacidade de transcender o
lodo e mostrar sua beleza na superfície. Esse é o objetivo das reuniões do
grupo terapêutico: que as mulheres possam superar as feridas de um
relacionamento abusivo e conhecer a fundo quem são.
“Traumas e sequelas que ficaram de
toda a situação vivida por elas fazem com que essas mulheres não tenham
consciência de quem são, da força que têm, das suas identidades. Por isso,
vamos abordar o empreendedorismo feminino, a saúde mental, os direitos e
deveres, e os transtornos mentais mais recorrentes. No final, queremos que elas
se enxerguem como pessoas, e não objetos”, afirma a psicanalista e servidora da
secretaria Janaína Nunes.
Foto 04: Nonato Sousa/SupCom-ALE-RR
Legenda: Janaína
Nunes é responsável por conduzir grupo
Durante os encontros, as mulheres
compartilham suas experiências e histórias de vida, para que juntas possam
superar os desafios. Uma delas - que também não será identificada - disse estar
feliz por ter um espaço dedicado aos cuidados com a saúde mental de mulheres
vítimas desse crime.
“Eu vou continuar participando e
agradeço muito por ter essa oportunidade de ajuda e socorro para conhecer a mim
mesma. Sou grata de coração a toda a equipe. Que o Senhor abençoe cada vez mais
esse grupo e que seja o início de muitas vitórias em nossas vidas”, expressou.
Como participar?
Foto 05: Eduardo
Andrade/ SupCom ALE-RR
Legenda: Quem deseja
participar dos encontros, basta buscar sede da Secretaria Especial da Mulher
Os encontros ocorrem às quartas-feiras,
das 9h às 10h, na sede da Secretaria Especial da Mulher, localizada na Avenida
Santos Dumont, nº 1470, bairro Aparecida, onde a vítima pode buscar outros
serviços presencialmente, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. Mais
informações também podem ser obtidas pela ferramenta Zap Chame no número (95)
98402-0502.
Ainda na secretaria, homens autores
de violência são atendidos pelo Centro Reflexivo Reconstruir, onde recebem
atendimento psicológico e participam de debates em diferentes áreas. Eles são
encaminhados pelo Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR) para integrarem o
grupo, como uma das medidas condenatórias. No entanto, quem deseja participar
de maneira voluntária, pode se dirigir até a sede da secretaria para se cadastrar.
SupCom ALE-RR | 17.04.2024